Um estudante britânico foi condenado por um tribunal inglês a oito meses de prisão, por ter entrado nos servidores do Facebook, numa acção que, segundo o juiz, poderia ter tido consequências “desastrosas” para a rede social.
Glenn Mangham, de 26 anos, estudante de programação, admitiu ter-se “infiltrado” no Facebook a partir do seu computador, em York (norte de Inglaterra), durante o ano passado.
“Este foi o maior e mais flagrante incidente do género (...) que temos visto nos tribunais britânicos”, afirmou a promotora pública Alison Saunders. “Felizmente nenhum dado pessoal de nenhum utilizador ficou comprometido”, indicou a mesma responsável, citada pela Reuters.
Este ataque fez com que a empresa tecnológica americana suspeitasse estar a ser alvo de espionagem industrial. O Facebook deu conta da falha de segurança em Abril do ano passado e avisou o FBI. Os agentes norte-americanos conseguiram então determinar que a origem do ataque estava no Reino Unido.
A polícia britânica conseguiu pouco depois localizar Glenn Mangham em York, em Junho de 2011. O estudante justificou os seus actos afirmando que no passado tinha ajudado o Yahoo a melhorar a sua segurança e que queria fazer o mesmo com o Facebook.
O Facebook terá gasto até ao momento quase 250 mil euros em custas judiciais por causa deste processo.
O juiz Alistair McCreath, que condenou o estudante a oito meses de prisão, considerou que os actos do jovem não foram inofensivos e que tiveram “consequências reais e possíveis repercussões muito graves” que, em última instância, poderiam ter sido “desastrosas” para o Facebook.
Fonte: Político